Em todo o país, o Criança Feliz realiza o atendimento semanal de 6.051 crianças com deficiência que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC). O programa do Ministério da Cidadania demonstra que o acompanhamento, as orientações e os estímulos oferecidos impactam no desenvolvimento de meninos e meninas, possibilitando que tenham um futuro melhor.
É o caso do pequeno Bernard, de 4 anos, que luta contra dificuldades de coordenação motora e vive com a família na periferia do município de Muaná (PA). Há mais de um ano, ele recebe as visitas do programa e, de acordo a mãe, Roselene Silva, os avanços são visíveis. “Ele tinha muita dificuldade em segurar objetos e se movimentar. Hoje, preciso estar sempre de olho porque ele se vira sozinho na cama e brinca bastante com os irmãos”, comemora.
A evolução de Bernard a cada semana também chama a atenção da visitadora Paula Guimarães. Ela explica que foi por meio das visitas do programa que Roselene passou a perceber a importância de brincar, ler e dar mais atenção ao filho. “Ele avançou bastante e já consegue se comunicar. Dona Roselene é uma mãe muito presente na vida do filho e procura cumprir, do seu jeito, todas as orientações fornecidas pelo programa”, justifica.
Metodologia – O Criança Feliz foi desenvolvido com base em técnicas internacionais de cuidados defendidas pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Organização Mundial da Saúde (OMS). “A metodologia busca o estímulo por meio da brincadeira e do fortalecimento de vínculos. Ela permite o desenvolvimento do potencial, mesmo de quem precisa de cuidados especiais”, explica a secretária nacional de Promoção do Desenvolvimento Humano, Ely Harasawa.
Médico com mestrado em Neurociência, o ministro da Cidadania, Osmar Terra, ressalta a importância para o futuro desse incentivo nos primeiros anos de vida – especialmente para quem recebe o BPC. “Ele ajuda a criança a estruturar melhor suas competências e habilidades, a superar deficiências. Terá um impacto enorme no futuro, quando essas crianças chegarem à escola e se tornarem adolescentes e adultos”, garante.
Fonte: MDS